Era sempre a mesma rotina ao anoitecer;
Sentava languido e sozinho a espera de um milagre, talvez. Esperando passar alguém que pudesse ser um pouco gentil, não queria muito, o mínimo apenas. Sentia fome e já não queria dinheiro só algumas migalhas do que sobrava. Ele em seu silêncio, gritava socorro! Belo protagonista de um espetáculo insano e triste. Eu era platéia e ator.. e não sabia como fugir do script que a realidade autora me impunha. Dei-lhe pão, mas a minha vontade era lhe dar autoridade para escrever sua própria história.
"Ele pedia pão.
Eu, salmão.Ele queria água.
Eu, vinho.Eu pedia amor, dinheiro, saúde, trabalho.
Ele só pedia vida."
Juliana Pestana - Mendoscopia
3 comentários:
São aquelas lágrimas nossas que querem sair, mas de nada adianta chorar... Querem o leite, mas não para derramar.
São opções que temos em leque, e eles só querem as alças destes!
BEijoO.
Como resolver é o grande lema...
Porque sei que as lágrimas escorrem em meu rosto não saciará a fome...
É isso que dá fazer assistencia social.
Sempre haverão pessoas assim...
tristes,pobres ou feias quinem tu.
...
Te amo!
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