sábado, 26 de julho de 2008

Acho graça das estórias com finais felizes.. da ilusão que nos é passada durante toda uma vida.
Acreditei várias vezes que duentes e fadas madrinhas viriam para presentear-nos com algum tipo de desejo..
Já esperei príncipes, beijei sapos. Meras ilusões..
Agora, vago no trote do cavalo de Quixote, a abraçar minha Dúlcinéia.. Venha Rocinante!... Já que minha lucidez me suicida.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Hã?

Acontece que não se fazem blues como antigamente, não compõem canções refinadas e isso faz perder a inspiração, faz o papel ser branco infinitamente.
Acho que não gosto de branco, principalmente do branco do papel. Gosto mais do azul da caneta, do preto falhado. Sei lá!
A areia corre na ampulheta, já sou um ser deformado... o tempo cuidou de mim enquanto estive morta. Mas, hoje resolvi mais uma vez viver. Até quando se pode morrer e viver por escolha??
Sinto-me um pouco Deus assim. Não gosto de sentir-me Deus. Aprendi que é pecado. E que pecados não são bons.
A vida ainda flui em algumas entranhas aqui próximas. Mergulhar em mim, em meus sentimentos já não faço.. Tenho medo dos bichos que fui, tenho medo de minhas fantasias e de perder-me em labirintos dos quais esqueci a saída. Não tenho o fio de Ariádne.
Adormeci sobre meus dias cinzas, e rasguei as folhas que não consegui ler. Sujei o branco com borrões, misturados em lágrimas. Acho que já não consigo ser. E por isso despeço-me de meus nirvanas.