sábado, 28 de março de 2009

Por existir.

Obrigada por vim,
Por fazer-se ouvido
e fazer-me sorriso quando sou apenas lágrimas.
Obrigada por entender o que sinto,
por me aconselhar a seguir mesmo quando a vontade que tenho é de parar.
Obrigada por ser o Eliah da minha Anita.
Por fazer-me flor quando só me restam espinhos.




terça-feira, 24 de março de 2009

Desabafo.

Acontece que estou me sentindo pequena, e que ás vezes palavras pequenas parecem tão significantes e grandes...
Tenho saudade do tempo em que superávamos o que quer que fosse com um bom diálogo, mas agora diálogos são tão escaços, nossos olhares, nossos silêncios e o teu frio congelando meu coração em brasa.
Eu não sei o que me falta, ou o que tenho demais. Não sei o que tenho feito de errado para que o teu mundo me evite. Sinto-me em um plano qualquer quando do modo menos singelo, e o mais duro e áspero possível você consegue me evitar. E o faz. E me machuca.
Sabe, ás vezes penso que faço papel de idiota, ou sei lá o que. Parece que meu jeito de amar te incomoda tanto... Mas, porque não falas?
Meu coração está diminuindo... quando penso na distância, na tua frieza e nessa imensidão de amor que sinto e que nem quero sentir. Você não sabe o quanto é difícil tentar te amar menos, tentar fechar meus olhos e imaginar meus dias sem a essência da tua presença. E o que me dói verdadeiramente é que isso parece tão simples para você.
Eu queria sentir teu coração bater por mim... eu queria que minhas incertezas fossem apenas coisas tolas das quais minha mente inventa. Mas, eu me confundo a cada dia. Tu me confundes. Porque o teu amor me parece tão contraditório.
Eu só queria que estivéssemos bem. Que fôssemos os mesmos. Que eu não sentisse medo para não precisar estar te escrevendo essas coisas.
É estranho me doar por inteira quando não é assim que me sinto. É insuportável saber que eu sou a única em tua vida, mas que existem tantas outras coisas que me colocariam num terceiro,quarto ou quinto sentido nela.
É terrível saber que não sou a melhor que já esteve em tua cama, quando tu és o único da minha. Que meus problemas são problemas meus e que ás vezes aparento ser tão infantil.
Não viveria sem dor caso te perdesse agora... Isso é fato, mas ás vezes acho que estou te perdendo aos pedaços e fragmentando minha dor.
Eu não sei tuas perspectivas para o futuro, não sei nem se desejas de fato que eu esteja em teu futuro... ás vezes não sei quem tu és, ás vezes durmo com um estranho que amo... tanto e intensamente que suporto calada. Suporto porque meu amor é maior que teus defeitos, porque minha sede é saciada com teus beijos, porque eu me embriago diariamente nesse sentimento que dói, mas, que também me dá prazer.
Eu não sei não te amar, mesmo quando tu me machucas, mesmo quando tu não me amas e me faz sentir pequena.
Eu precisava de algum modo expor o que sinto... para poder começar tudo de novo. Para poder te abraçar e sentir que não existem mentiras entre mim e ti.
Eu precisava gritar para poder te desculpar em meu silêncio, eu precisava chorar minhas dores para poder sorrir ao teu lado..
E se tudo isso parecer daqueles dramas de novela mexicana, pordoe-me meu bem, eu sou muito mais coração do que possas imaginar.


"Boa noite e saiba que eu te amo!"

quinta-feira, 19 de março de 2009

Não foi como das outras vezes em que chegava quieto, tão simples, tão doce. Dessa vez foi gritante, exagerado, ácido e duradouro. Sim, tão duradouro e infinito que parou o tempo, ou foi o tempo que parou sozinho... não sei. Apenas o que possuo em memória é que foi intenso ao mesmo tempo que superficiAL. Agora ele não vem mais, não vem porque permanece. Tão gritante, exagerado e ácido como no dia em que veio mudado.
Agora ele mudou de capa, de rosto, de maquiagem, de nome. Agora chama-se amor o que outrora era paixão.
P.S: Que seja

segunda-feira, 16 de março de 2009

Por diversas vezes o mundo parece nos apunhalar pelas costas e nos fazer descobrir o quanto o pensar das pessoas é minúsculo, o quanto deixamos de ser racionais e nos tornamos patéticos.


E VIVA A IRONIA.

terça-feira, 10 de março de 2009

Relatos de um fim de dia

Era noite, quase no seu fim quando ela encaminhava-o ao portão.
Eles conversavam sobre coisas, que acabaram tão insiginifantes quando repentinamente o animal agride o seu cachorro.
O animal batia, o pequenino chorava e parecia sentir dor, e de fato sentia. Era triste tamanha violência contra um ser indefeso e muito mais humano do que aquele horrendo animal. Não resisti ao comentário:
- Ele faz isso sempre. O coitadinho do cachorro fica aí triste.
- Mas, ele bate porque?
- Oxe! Nem sei.
- E precisava tanta violência, lá em casa a gente até bate mas, é só um tapinha para aprender.
- Uma criatura que faz isso com um cachorro, deve tratar como o filho? Às vezes dá vontade de denunciar.
- É! Denuncia. Ele pode até ser preso por maus - tratos de animais.
- Vou denunciar!
- Ah! Mas aqui fica difícil... Deixa eu ir. Boa noite.
- Boa noite
- Nessa tua rua tem de tudo viu!
- E se tu procurar acha um pouco mais..

E calei-me e calou-se, diante de um papel inútil.

segunda-feira, 9 de março de 2009

É mais forte e consome.
Como a morte que chega devagar,
como o pranto que machuca.
Como a faca que atravessa a carne.
E como se não me restasse saída ... Entrego-me!
Deixo-me estar, da mesma forma que deixo partir.

sábado, 7 de março de 2009


E no balanço monótono da máquina de costura vou tecendo os pedaços de minha vida, os retalhos de meus sonhos que por tanto tempo ficaram mofando numa sacola velha no fundo do baú. Hoje Vejo a vida numa dimensão mais completa, uno os trapos passados e transformo no mais belo presente que posso dar a mim mesma. São pedaços meus.. Sou eu naqueles pequenos unir de momentos.. E assim prossigo unindo sonhos, esperanças e realizações para que em algum futuro eu possa estender sobre mim a colcha de minha vida para quando sentir frio eu lembre dos momentos de calor, quando houver medo eu lembre dos momentos em que nunca estive sozinha.. E enquanto tempo tarda a passar, aqui estou eu no balanço monótono da máquina de costura.

terça-feira, 3 de março de 2009


E fizeram-me ter medo, caminhar no escuro do porão sozinha.
Senti a escada fria e escorregadia sob meus pés.
E não pude conter a lágrima que escorria no meu silêncio, no meu cansaço.
Sentei-me em algum daqueles cantos, temendo deparar com a multidão de baratas que a tanto rondava aquele espaço, temia ser devorada por uma delas, mesmo sabendo o quanto era vaga e idiota a idéia.
Abri uma caixinha de música empoeirada, ainda funcionava como muitas das coisas alí confinadas. Dei corda e fiquei apreciando a melodia, que recordava-me qualquer melodrama já vivido, apoiei a cabeça cansada sobre o joelho já machucado do castigo outrora recebido, adormeci e alí permaneci rogando que as baratas não me consumissem.