E fizeram-me ter medo, caminhar no escuro do porão sozinha.
Senti a escada fria e escorregadia sob meus pés.
E não pude conter a lágrima que escorria no meu silêncio, no meu cansaço.
Sentei-me em algum daqueles cantos, temendo deparar com a multidão de baratas que a tanto rondava aquele espaço, temia ser devorada por uma delas, mesmo sabendo o quanto era vaga e idiota a idéia.
Abri uma caixinha de música empoeirada, ainda funcionava como muitas das coisas alí confinadas. Dei corda e fiquei apreciando a melodia, que recordava-me qualquer melodrama já vivido, apoiei a cabeça cansada sobre o joelho já machucado do castigo outrora recebido, adormeci e alí permaneci rogando que as baratas não me consumissem.
3 comentários:
Baratas gigantes em ação.
E a pior parte diria você é quando pisa nela e sai aquele negócio.
eca.
Legal...
...aquele negócio que sai dela.
^^
uhaua.
Com certeza..
É terrível.
Sem falar aquele fedor ..
Pára! Barata é medonha.
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