terça-feira, 3 de março de 2009


E fizeram-me ter medo, caminhar no escuro do porão sozinha.
Senti a escada fria e escorregadia sob meus pés.
E não pude conter a lágrima que escorria no meu silêncio, no meu cansaço.
Sentei-me em algum daqueles cantos, temendo deparar com a multidão de baratas que a tanto rondava aquele espaço, temia ser devorada por uma delas, mesmo sabendo o quanto era vaga e idiota a idéia.
Abri uma caixinha de música empoeirada, ainda funcionava como muitas das coisas alí confinadas. Dei corda e fiquei apreciando a melodia, que recordava-me qualquer melodrama já vivido, apoiei a cabeça cansada sobre o joelho já machucado do castigo outrora recebido, adormeci e alí permaneci rogando que as baratas não me consumissem.

3 comentários:

Thaisinha... disse...

Baratas gigantes em ação.
E a pior parte diria você é quando pisa nela e sai aquele negócio.
eca.

Augusto Andrade disse...

Legal...

...aquele negócio que sai dela.



^^

Janna Peixoto disse...

uhaua.
Com certeza..
É terrível.
Sem falar aquele fedor ..

Pára! Barata é medonha.