quarta-feira, 20 de agosto de 2008

[como um girino.]

Esqueceram de me avisar que nem sempre resta tempo pra fazer o que se quer, ou que pensamentos mudam e quando crescemos conseguimos ser tolos o bastante e não fantasiar.
É um círculo que se fecha, penso eu. E como toda nova fase tem períodos de adptações e adaptações. Acho que estou numa delas, entretanto preferia achar graça de futilidades e achar bonito palavras bobas timbradas em velhos caderninhos.

Estou crescendo e de fato, crescer não é bom.

. Dejavú .

Em uma de suas férias de verão Maia resolveu visitar sua antiga cidade em Ouro Preto. Pegou o trem das 8:00 da manhã. Em uma das paradas viu subir no vagão alguém de rosto conhecido que por coincidência sentou ao seu lado e a reconheceu. Era Sara, sua amiga de infância que também decidira passar as férias na sua antiga cidade.
Sara, ao contrário de Maia era média, ruiva e continuava com as mesmas sardazinhas de quando Maia a conhecera. Maia não, estava mudada tinha se tornado uma bela mulher. Morena, alta, muito simpática e elegante com seus cabelos negros e longos.
E começaram a falar da vida, das coisas da vida, do emprego novo, dos maridos que não tinham e dos filhos que desejavam ter. Lembravam de como era pacata e feliz a vida em Ouro Preto. Os amigos, os lugares... Sim, os lugares! Em especial o Bosque das Maravilhas, com suas cachoeiras e belas paisagens naturais ( flores, árvores grandes e frutíferas), lá onde certa vez enterraram seus sonhos e fizeram juras de uma amizade eterna.
Ah! Como a saudade as invadiam... E por que não saciá-la? Marcaram de rever o Bosque das Maravilhas, de ir desenterrar uma parte do seu passado. Sábado às 3:00 da tarde. Combinaram.
Sara, chegou um pouco antes para aproveitar da maravilha, enquanto Maia atrasou-se, já que estava ressaqueada da noite passada e quando lembrou do compromisso já era um pouco tarde.
Cansada e decepcionada da falta de atenção da amiga, Sara voltou para o hotel, porém deixou uma aviso cravado na mesma árvore que um dia cravaram suas iniciais.
“Ninguém encontra seu passado jamais”.
Maia, ao ver o aviso entristeceu - se e voltou para casa pensativa e decepcionada com sua atitude.
Era noite e Sara sonhava, viu seu passado, sua infância, seus amigos descendo pela forte correnteza de uma cachoeira, tentava salva-los e não conseguia. Assustada, despertou com o som do seu relógio digital avisando que o trem para Ouro Preto sairia em algumas horas.

sábado, 2 de agosto de 2008

Hoje é um dia nublado como outro qualquer. E continuo sem ter coragem de falar o que não consigo nem pensar. Continuo sem conseguir escrever o que foi bloqueado do meu cérebro. Continuo sem querer sentir o que é dor e decepção. Continuo sem querer esperar essa decepção passar com o tempo e perdoar como eu sempre faço. Perdoa Pai, ela não sabe o que faz. Sabe sim, já está bem grandinha para deixar de ser café com leite. Não quero continuar sendo pinochio, o meu boneco com vida.