terça-feira, 22 de abril de 2008

Não alimente tuas arogâncias apoiadas em minha inocência.
Há muito tempo deixei de ser criança.
Há muito tempo que me enveneno diariamente.
Não me afronte, porque já não conheces nada além dessa superficialidade com que convives.
Ofereço-me em sacrifício.
Celebro-me em arrepios
Encanto-me em sonos mórbidos
Enleio-me em ressacas de embalar.
Assassino todos os enredos banais
Compus pequenas formas de ódio
E agora os canto desfeito em silêncio mortal.

quinta-feira, 10 de abril de 2008


Estamos no Brasil, e temos que aprender a gritar por nossos direitos ou caso contrário nunca seremos verdadeiramente cidadãos. Permaneceremos imóveis, alienados e manipulados a balançar a cabeça a dizer sempre 'sim'.

Não quero ser uma a mais na multidão. Quero o que é meu por direito!

Quero gritar, lutar!

Porque em silêncio não se faz cidadania.

domingo, 6 de abril de 2008

Aqui.

Aqui,
Trago mais um cigarro..
bebo outras doses..
e exponho não lucidamente minhas futilidades.
Talvez elas sejam tão reais quanto as tuas.
Não há quem possa julgar.
Todos sofremos do mesmo mal
E por isso compartilhamos as mesmas lágrimas.
Aqui,
Vejo-me do outro lado,
Tão pequena, tão sozinha, tão unútil.
em alguns momentos desconheço-me, assusto-me.
lanço o copo vazio sobre a imagem.
Que por temê-la mutiplicou-se.
cacos de mim para todos os lados.
Cacos de minha decadência.
Fantasmas meus expostos.
E como se não bastasse,
o toco e faço-me sangrar!