quinta-feira, 23 de julho de 2009

...o problema é que esse vazio aumenta quando o tempo passa,
e me angustia o que vai acontecer agora ou mais tarde.
É como perder lembranças, e se ferir sem ter alguém para soprar a ferida, ou segurar a mão quando o remédio arder.
É irritantemente insuportável sentir falta do que completava meus dias.
Mas, mais irritantemente insuportável é saber que tudo isso vai passar e que vou me acostumar com a ausência do que antes era meu todos os dias da minha vida.
" Guardo um retrato teu e a saudade mais bonita.."

quinta-feira, 9 de julho de 2009

e ficará um vazio e a esperança de um amanhã.

Acordei inventando dores e sonhos. Desses que a gente insiste em nunca acordar.
Acordei imaginando que tudo foi uma mentira sem graça, tão curta, tão bêbada e que a realidade não passa de um tributo aos velhos fantasmas que se foram, que não voltam.
E parece-me tudo tão desconexo, tão divergente, tão pálido que o fato de balbuciar um pequeno adeus torna-se tão profundamente superficial comparado com a dor que deveras sinto.
Acordei, torcendo por deparar-me com um reflexo cansado e uma lixeira cheia de sonhos de um noite mal dormida. Mas, no espelho não tinha reflexo, só um bilhete de despedida.