segunda-feira, 12 de abril de 2010

das tragédias.

Eram humanos como eu e você que ler.



Humanos que trabalharam incansavelmente para dar aos seus filhos um mínimo de conforto. Eram humanos que sonhavam com dias melhores e agradeciam por estarem vivos mais um dia.


Hoje, talvez já não possam mais. Não podem por minha causa, por nossa causa que assistimos calados a corrupção a desigualdade.

Que permitimos que nos roube até a nossa dignidade. E o engraçado disso tudo é que a gente só se indigna quando o pior acontece.

De que adianta hoje vaiar governadores se fomos nós quem os colocamos no poder? “Políticos de quinta”, nessas horas vale o ditado popular; “macaco não olha pra o rabo!”


É diante de tragédias que as pessoas dizem “sinto muito! Faremos o melhor para ajudar essas pessoas”. Infelizmente sentir muito não adianta.


As pessoas já sentem o suficiente a dor de ter toda uma vida destruída, a dor de ver seus familiares serem enterrados sem mesmo terem morrido. Pessoas que não sabem por onde começar e nem sabe se conseguiram recomeçar.


Mais do que sentimentos precisamos de Ação. Planejamento. Honestidade.


Porque existem vários “Bumbas” erguidos em cima de lixos, em cima de podridão. E tenho certeza que não é esse o destino que escolhemos assistir.


Pelo menos não foi esse o cartão postal que escolhi pro meu país.

3 comentários:

Thaisinha... disse...

E eles insistem em dizer que não sabia do lixão e que a culpa não é deles, como o desastre no Aiti, coisa da natureza. Pobre mãe, tenta alertar os erros tamanhos e sobra na linguas desses maus.

Augusto Andrade disse...

Assisti a essa reportagem... Triste. O deslizamento tb. Mas o mais feio é o que não fazemos quando podemos fazer.

Barbara disse...

Realmente.E depois de vidas perdidas de danos físicos, psíquicos e ambientais, prontificam se a "resolver", mas as vidas não voltam e a dor permanece...