segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Era uma manhã de primavera sem sol, sem pássaros, sem flores.
Uma paisagem de fim de outono e início de inverno.
Um amotoado de folhas de calendário desordenadas, uma ampulheta parada.
Perdeu-se a noção do tempo, perdeu-se a graça das histórias contadas por nós.
Eram crinaças que ontem brincavam juntas e hoje crescidos, são incapazes de dividirem a mesa do jantar.
Eram tão parecidos quando eram de todos um, mas agora são todos cada um só.
E o que pareceu ser eterno tornou-se apenas momentâneo, "o anel que tu me destes era vidro e se quebrou", tornaram-se cirandas inesquecíveis, daquelas que a gente canta pra os nossos filhos mas nunca farão parte de um presente.
Não sei, acho que foi apenas uma manhã de primavera aos avessos, ou apenas uma vertigem duradoura e que um dia passa. Pelo menos é nisso que tento acreditar.



" Mudaram as estações, nada mudou. Mas, eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente... se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba.."

3 comentários:

Augusto Andrade disse...

"Mas nada vai conseguir mudar... o que ficou. Quando penso em alguém só penso em VOCÊS..."

Realmente!
Era pra ser um café da manhã confortável, mas nem jantar conseguimos.
As diferenças as vezes devem ser mantidas dentro de cada um... Em outras vezes é ela que nos faz feliz. Mas o caso são as alegrias do reencontro. Porque nem todos ficam assim? Isso faz parte do amar.

Thaisinha... disse...

É duro saber dessas noticias dai, fico daqui tão entusiasmada pra vê-los todos juntos, como antes. É triste ver que a primavera parece inverno. Mas fico feliz em ler no virar da página "mas nada vai conseguir mudar..."
..pois quando eu penso em alguém eu só penso em VOCÊS!

.
[eu até chorei].

Augusto Andrade disse...

Saudade dos posts!!